segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

O dia que eu me perdi em Roma.

Piazza Navona - Corso Vittorio Emmanuele e a Via Del Corso - mil outras coisas.
Para a minha defesa, tenho a dizer que, morando na Termini como morava eu, o caminho era sempre outro. Sempre mais fácil. Confundi tudo e fui parar em outro canto. Que juninha. Mas agora nem sofri, só achei paia mesmo. Nem chorei.

Vi pela primeira vez o pasquino sem faixa. Ele é defiguradaço, não dá nem pra saber quê que é aquilo, mas ele é demais porque tem dois troncos e uma cabeça. Agora as pessoas colocam os bilhetes, recados, anúncios e as vezes críticas, numa placa afixada ao lado, que colocaram lá pra organizar a pobre coistada da estatua. Já é desfigurada, agora perdeu a razão de ser. Acho paia.


[foto]

O Pasquino desfaixado pra galera!

De toda forma, passei pela Fontana di Trevi e me emocionei. Pra variar. Assim, a tradição é você jogar a moeda pra voltar a Roma. E eu voltei! EU VOLTEEEEEEEEEEEI! Quando olhei pra ela e lembrei de todas as moedas que eu deixei por ali, sonhando com o retorno, achei digno de registro. Achei mesmo muito emocionante saber que funciona e que é demais olhar pra ela. Tantos caminhos que fiz achando que seria pela ‘ultima vez’ eu já voltei e já refiz, e acho isso muito doido. Entendi que poderei refazer tudo pra sempre, enquanto eu quiser, pois Roma estará sempre aqui (esperamos todos). E nessas andanças de reencontros e reconhecimentos, reparei que está tudo quase igual por aqui. Menos uma coisa: minha casa. Minha casa não existe mais. Virou albergue. Estou mesmo chocada. Mas alguma coisa ainda não faz sentido neste segundo andar do Yellow Hostel. No fim das contas, não lembro mais que andar era o meu. Mas mesmo se for primeiro, segundo, terceiro ou quarto, a casa não existe mais. Agora é tudo albergue. Acho que era o segundo... Meu deus, como assim eu esqueci tanta coisa? Agora sofri de novo, fortemente.


[foto]
Cadê casa? Fugiu?

Encontramos com outra amiga do Augusto - e dos meninos que estão aqui - que chegou hoje de BH e fomos pra San Lorenzo.  Pelo menos esse eu lembrava o caminho direitinho, afinal era muito do lado de casa. Alí continua do mesmo jeito, a Savassi pobre. O Augusto chama de Santa Tereza, por ter uma tradição meio artística e tals. Eu nunca vi arte alí não...  Lá tem muita festa estranha com gente esquisita, mas o quente mesmo é ficar na rua bebendo uns vinhos de 2,90 euros que se vende na praça. E é bom o danado (eu nem gosto de vinho e curti esse branco de 2,90. Alma de pobre_mode_on). Nessa empreitada achamos uns cariocas que os meninos conheceram em Firenze (oi Roma-ovo, tudo bem?) e até um povo que o Augusto conhecia que também tinhamos encontrado sem querer no dia anterior (oi falta de criatividade na Roma-ovo, tudo bom?). Chocante.

Inesperadamente a chuva espantou geral e acabou melando nossa noite quentinha. Aqui é assim, acho que já disse. Chove é no inverno. E dizem que essa foi uma das chuvas mais terríveis de Roma dos últimos anos (lembrando que Bh tá em baixo d'água!). Mas sobrevivemos todos. Yey.

Nenhum comentário:

Postar um comentário