sábado, 1 de outubro de 2016

Rigatoni al pomodoro e basilico, per favore!


#migo

Bora acordar que hoje é dia de maldade, hoje é dia total. É dia de passear por Roma e entrar no transporte público sem validar o bilhete e se o fiscal entrar fingir que não sabia que tinha que ter validado. Dia de fingir que não fala italiano quando os ambulantes te param pra vender as coisas. É dia de entrar na frente das fotos dos turistas porque é um saco ficar dando licença quando a gente quer ficar observando os monumentos. Dia de demorar 5 minutos no Buraco da Fechadura mesmo com uma fila quilométrica esperando pra ver o que tem do outro lado. Dia de marcar encontro de tarde com um italiano e chegar atrasada.

Circo Massimo e lá no fundo o Palatino


Uma refeição de graça por dia
Ponyta, 35, é um gato. Elegante, pomposo, bem vestido. Mais gato pessoalmente que na foto, até. Uma graça de publicitário, conversa leve e de boas e que atendeu uma ligação no meio do passeio. Deu tempo só do café mesmo (o que ainda me deixa com 100% de aproveitamento no jogo). O telefonema era do escritório, teve de ir trabalhar. Eu até acredito, pois ele não parou de me mandar mensagem chamando pra fazer outra coisa. Mas mal sabe Ponyta que nessa Roma tá cheio de Pokemón novo para eu capturar...

Framboesas são ótimas para amansar pokèmons selvagens!

No dia de maldade dia total a senhora das tralhas ataca novamente. Queria eu, na verdade, ter carregado mais tralha pra casa. Foi um sucesso na Flying Tiger (até trena, colher de medida, bomba de bibicleta, balança de banheiro cor de rosa e com elefantes magros desenhados eu comprei). Na hora de encher a sacola de tralha Kiko e tralha Sephora deu ruim. Essas lojas ficaram todas caras, não dá mais pra fazer festa com os trem de lá não. Não tenho mais o direito de exercer minha condição de senhora das tralhas nesses lugares. O negocinho mais barato custa 12 euros! Pense só, coleguinha. Saí de mão vazia e espero achar uma loja de maquiagens que me faça feliz e cheia de tralha por pouco. O golpe tá é em toda parte.

No mais, Roma não combina com chuva. Eu não combino com chuva em Roma e um sorvete de chocolate incrivel com gosto de Danette se vende no Trastevere. Trastevere é a Savassi de Roma.

Dia 3: 100% de aproveitamento + esperança renovada de que o projeto é promissor!



piadinha italo japonesa

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Dia perdido, Luíza perdida

poesia marginal romana

Achei que com essa coisa de ter um GPS a mão e já conhecer boa parte da cidade me garantisse uma estada tranquila sem me perder por lugares longíncuos (como aconteceu em 2009 quando cheguei e fui procurar a Universidade Tor Vergata). Achei, né, gente? Achei... De achado só isso porque de resto fiquei foi perdidinha mesmo. Foi na região de Ponte Mammolo, que é mais pra fora do centro. Bem mais. E é onde eu teoricamente iria ter minha aula de cozinha vegana, numa escola de cozinha amadora chamada TuChef. No programa do curso tinha leites vegetais, seitan e muscolo di grano, lasanha vegana. Estava empolgadíssima, mas deu tudo errado. O curso seria só mais pra frente, mas eu precisava passar lá rápido pra pagar. Então foi o que fui fazer na manhã de sexta-feira! Depois de caminhar por horas pela BR (ou seria IT?) pelo lado errado - culpa do GPS e toda a minha confiança nele - achei o lugar e tive a notícia de que o curso foi adiado. Não um dia, nem uma semana. Pra mais de mês. Ou seja, nenhum curso pra Luíza Glória. Uma pena. Perdi uma manhã para achar o lugar (poderia estar passeando pelo centro lindo centro) e perdi a oportunidade de aprender a fazer umas coisas bem legais. Acontece. Vida que segue. Vamos lá pro Eataly pagar os outros cursos de cozinha que pretendo fazer: pães e massas. Eh... Acho que não será bem assim também não! Como não podia fazer o pagamento estando no Brasil, minha reserva não foi feita de fato. E acabaram as vagas do curso de pães. Deu certo, porém, com o de massas e com o de confeitaria vegana desse lugar. Vabbè... Me viro com o que dá. Importante é saber por a mão na massa mesmo! Mas esse lugar já não é mais longe e tal. É, inclusive, pertinho de  um monumento bem particular de Roma.

Uma pirâmide.

Um pouquinho do Egito pertinho de você!

Construída mais ou menos no ano 12 A.C., 36m de altura, era a tumba de Gaio Cestio (muito prazer), feita com mármore de Carrara. Ninguém me contou isso não. Olhei na Wikipedia mesmo. Agora vamos parar com isso que tem mais o que interessa para escrever aqui.

"Encha o copo que está vazio, esvazie o copo que está cheio. Nunca o deixe vazio, nunca o deixe cheio."

Que frase convidadita de Edgard Allan Poe para se abrir um cardápio de um restaurante, não é mesmo? Sentei para jantar sozinha logo aqui embaixo de casa mesmo. Um restaurante que passava em frente todos os dias e nunca tinha sentado pra comer. A ideia é bem essa: fazer tudo aquilo que só imaginava, mas não fiz em Roma. E a regra é outra agora, e a regra é clara: gaste o que tiver de gastar. A dívida se paga depois. Enfim. Dessa vez não fui de massa, não. Pedi um segundo prato vegetariano: Polpetone di grão de bico e cenoura com purê de berinjela, abobrinha e creme azedo. Para acompanhar ainda pedi o contorno de Salada de Folhas com azeite aromatizado. Uma taça de vinho que não ficou nunca vazia, nem nunca cheia. E Branco, que é mais magrinho. Sobremesa: Panna Cotta com caramelo e de resultado final uma pessoa de bucho cheio e bem feliz. Fiz questão de registrar esse menu aqui porque um dia vou tentar reproduzir essas coisas todas que tou comendo e que até fazem meus zói fechar.



Uma refeição de graça por dia

Hoje o encontro foi com o Pidgey,31. Fomos num bar aqui pertinho de casa. Pidgey é jornalista de Parma (a cidade do presunto e da Parmiggiana), que trabalha em Milano, está aqui em Roma para fazer um curso de fim de semana e com ZERO interesse em comum com essa pessoa que vos escreve. Não rolou química, não rolou papo, eu passei o tempo todo concentrada na bebida pra passar mais rápido. Sei nem falar mais nada de Pidgey, a não ser que era outra pessoa e não a das fotos do Tinder cuja legenda era "Não sou fotogênico". Alguém precisa dizer pra ele que ele é bem ao contrário. BEM AO CONTRÁRIO!! Pelo menos me embebedei de Spritz. Fino.

Dia 2: 100% de aproveitamento + uma dúvida se esse projeto vai conseguir seguir em frente. Já me deu preguiça pela grande cilada do dia.

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

TERZA PUNTATA!

Ano 2016. Já faz um tempinho, eh?
Mas como fiz meu dever de casa quando em Roma, isso é, das outras vezes que passei por aqui deixei na Fontana di Trevi reais, euros, pesos chilenos (tinha achado uma moeda chilena no chão), estou aqui mais uma vez!
Sempre disse que meu sonho era poder frequentar Roma como quem frequenta o Rio de Janeiro. "Vou ali rapidinho, fazer um negócio rapidão", pronto: tou em Roma. Fico muito, muito, mas muito, mesmo, muito feliz que isso (de alguma forma) está acontecendo. Porra... É a terceira vez em Roma e ainda quero vir mais tantas outras! Mas, afinal, o que vim fazer aqui dessa vez? Matar a saudade da cidade? Tá, sim. Mas é que tem mais. Vim pra matar saudade, certamente e primeiramente Fora Temer!, claro, mas aproveitei pra rechear um pouco mais a viagem. Vim para passar 15 dias e estudar Italiano (tanto tempo que não falava nada que já esqueci foi tudo) e vim também para aprender um pouco da arte da culinária italiana (pães, massas, cozinha vegana). Que belo clichê, né? Mas quem disse que eu não amo um clichê?


Fontana di Trevi, esse belo clichê!

Cheguei em plena quinta-feira, no fim do mês, porque a passagem é mais barata quando se voa no meio da semana. As aulas começam segunda, então terei uns dias pra flanar por aí. E como boa leitora de Walter Benjamin que sou, a arte de flanar está em mim e vou compartilhar um pouco dela por aqui.

Clique aqui para a trilha sonora deste momento

Já no primeiro dia nessa cidade loka muito loka  mágica, me lembrei de como foi chegar aqui pela primeira vez. E pela segunda também. Não por que essas memórias têm algo especial de se contar. É que eu senti exatamente a mesma coisa ao ver pela janela do transporte, no trajeto do aeroporto ao centro, os monumentos todos. Lembro de ter me dado um trem, sabe? De ter perdido o ar com a lua, com o Coliseu, Teatro de Marcelo... E hoje estava eu lá, perdendo todo o ar de novo! Como se fosse novidade. Desde então tou rindo de orelha a orelha de contentamento. Tão bom essa sensação de que estou fazendo a coisa certa!... E te falo que eu não entendo as pessoas. Ou esse povo finge costume muito bem ou eu sou bem dal. Me dá uma coisa perto desses trem velho tudo que tem aqui, tipo as ruínas e Coliseu. Fico, além de adimirando grandiosidade da matéria, imaginando aquele povo antigo andando no meio da gente hoje. Roma tem muitos tempos diferentes, num dá pra ser indiferente a isso. Isso interfere mesmo no sentir. No meu, pelo menos... Além de puro clichê eu sou a nata do brega. S2.

Olha, se está lendo isso de pé, pelo celular, meio com pressa, te dou um conselho: senta. Senta que lá vem história e talvez seja longa - mas não desista, que talvez seja boa!

Tu-tururu-tutu-tururu-tutu-tururu-tuturu!

Allora!
Cheguei sem muitos problemas, afinal já sei como funciona o esquema do transporte, já sei onde fica a Termini, sei me localizar, falar italiano suficiente pra me comunicar, essas coisas. Então foi tudo sem traumas por aqui. Aluguei um quarto no prédio do Yellow Hostel, o mesmo hostel que me abrigou em 2009. Legal, né? Sim. E que boa a vida quando tudo funciona! A moça que me alugou é amiga da Concceta e é um amor de pessoa. Anna Solinni ela se chama. E sua filha Chiara. A comida dela é toda fresca e orgânica, ele é vegetariana, pratica Yoga com os amigos em casa toda quinta, tira o sapato pra entrar em casa e está desde sempre me fazendo sentir bem por aqui. Conseguiu Anna! E obrigada por isso. Mais uma manifestação de clichê brega: S2 pra você!
Fato é que tudo mudou muito dos outros anos pra cá. O Yellow era de um lado da rua e agora é de outro. Então eu moro agora de frente pra onde morei em 2009. Tiraram a fontanella de água de frente dele, (queria saber o porquê), tomaram conta de mais dois prédios na rua... O Yellow está crescendo e prosperando. Felicidades, Yellow.
Outra coisa que mudou é a tecnologia disponível. Quando morei aqui há 7 anos não existia 3G. Tinha Wi-Fi, e às vezes escasso! Não tinha essa comunicabilidade toda a todo lugar e muito menos tinha App de paquera, tipo o Tinder e Happn. Como boa comunicóloga que sou, uso tudo isso a meu favor. Criei o projeto: Uma Refeição Grátis Por Dia. Necessidades, gente. Nada além de necessidades... Como funciona esse projeto? Que os italianos não leiam isso, mas vamos lá:

- Italianos usam Tinder
- Italianos gostam de Brasileiras
- Brasileiras (eu) usam Tinder
- Brasileira (eu) gostam de italianos
- Italianos para paquerar convidam meninas pra algo e sempre pagam a conta
- Meninas (eu) tem necessidade de comer todos os dias
- Comida na Itália é medida em Euro
- Euros custam R$4,00 cada

Junte todas essas frases em uma narrativa e sai isso: Usarei Tinder na Itália para conhecer garotos legais e cada dia sairei com um garoto legal diferente e ele me pagará uma refeição e com isso conheço pessoas,  pratico italiano, tenho companhia e economizo em uma refeição a cada dia! Eu sou uma gênia, diz aí! Eu não presto, mas eu sou gênia.
Mal cheguei e já coloquei o plano em prática. A dignidade que me resta quer preservar a identidade dos moços e por isso vou usar apelidos. Usarei nomes de Pokemón porque é outro app que usarei bastante por aqui. Então... Com uma hora em casa já estava de date marcado com Ratatta, 35. Ratatta é gatinho! Arquiteto simpático e gentil fez um belo giro comigo por Roma. Me contou ótimas histórias sobre diversos prédios e que eu não fazia ideia! E eu contei pra ele sobre o Pasquino (que já contei aqui também em 2010! Relembre aqui), que ele nem conhecia. Então rolou uma troca aí, vai... Ratatta me levou para almoçar uma pasta fresca muito delícia e eu o levei para comer Tiramisù. Ele nunca tinha ido ao Tiramisù mais famoso da Itália. O melhor. O rei to Tiramisù. O autêntico. Todos aqueles nomes dos rocamboles de Lagoa Dourada valem para o Tiramisù do Pompi. Levei Ratatta para comer Tiramusì, mas ele fez questão de pagar tudo. Eu não vou reclamar, né? Obrigada Ratatta, você é muito gentil!


O verdadeiro, autêntico, original, rei do Tiramisù!


Ratatta não é daqui de Roma. Ele é da cidade tradicional dos mascarpone. Talvez por isso nunca tenha ligado em provar o melhor, o verdadeiro, autêntico (...) Tiramisù do Pompi. Diz ele que isso lá nem valor tem. Tem pra todo canto e é muito barato, tipo nosso chuchu, que dá na cerca. Cada um tem seu chuchu afinal... Numa longa caminhada revi Piazza della Repubblica (a empresa dele fez o projeto de iluminação dessa praça, que é linda e lindamente iluminada!), Fontana di Trevi (obviamente já deixei reais e euros lá para voltar o quanto antes), Piazza Spagna e Trinità dei Monti (tá limpinha, acabaram de limpar, tá brilhando! Custou 5 milhões de euros a limpeza), Piazza del Popolo (tava rolando um grande evento da esquerda trabalhista lá. Me senti em casa), Piazza Navona (gostava da bandeirona brasileira nessa praça, na embaixada, mas quis esconder esse símbolo golpista dessa vez), Zona di Augusto, Pantheon, Altare della Patria (Monumento a Vittorio Emanuelle) e tantas outras coisas que nem lembrar eu lembrava! Olha... Te conto que conhecer todos esses monumentos e lugares é muito legal, mas suspeito que rever tudo isso é ainda mais interessante! Aquela coisa gostosa no coração de quando matamos saudade de algo ou alguém, sabe? É bem isso que estou sentindo! Estou muito feliz de poder estar aqui mais uma vez!

DIA 1: 100% de aproveitamento + uma bela cia descoberta!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

FUI!!


Ainda saí desesperada pra comprar mais coisas, incluindo encomendas de mamãe, presente do papai e coisas que não tinha conseguido comprar ainda. Fora os dois 'ainda' na mesma frase, é bem estranho falar com os vendedores: não sei ainda, é um presente para la mama, ‘não tenho certeza se ela gosta’, ou ‘não adiantaria experimentar’. Ai eles falam: mas ela pode vir trocar. Eu digo: não, eu estou indo embora. Hoje. Pro Brasil.

E tô mesmo, gente! Não chego hoje nem amanhã, sabe. Mas chego dia 20, meia noite. Primeiros minutos do dia 20. Mas antes dessa lonjura toda, rolou um almoço de despedida! Um almoço chinês da hora, 9 euros coma o que quiser, quantas vezes quiser até morrer. E não era self-service não. Você PEDIA. Você via o cardápio, fazia quantos pedidos quisesse e só pagava 9 euros.

OOOOI MAFIAAAA, cê tá boa? 

A parte triste é que as coisas não tinham muita identificação. Andei pedindo uns treco muito esquisitos pro meu gosto, literalmente pro meu gosto.

Beijo Mari! Adorei te ver de novo! Beijos Lorena, a gente se vê em BH. Beijos Augusto, obrigada pela hospitalidade, até daqui uns dias em BH, quando nossas vidas voltarão ao normal.

Embalei as malas de verde limão pra dessa vez chegarem inteiras, sem roubos, sem problemas. Dessa vez eu estava mais tranqüila como fato de ir embora. Confiante na vida e tal (oi). Acho que eu consegui vingar Roma. Comi bem , comprei bem , foi demais e foi Roma. Esperem a próxima, que eu já estou ansiosa pela puntata 3! 

S2

FIM²

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Mama, I'm coming Rome...


A parte mais legal de viajar, saindo e chegando de Roma pelo Ciampino - além de ser mil vezes mais barato, claro - é ver a aterrissagem. Ciampino é o aeroporto menorzinho, dentro da cidade, como se fosse o Aeroporto da Pampulha. O internacional é tipo BH – Confins. Chegar de dia no Ciampino é demais. Ele passa pelo centro. Sobrevoa tudo. Parte por parte. E acho que de propósito. Vale demais o preço da passagem.  Ainda mais que eu tive um narrador, sentado ao meu lado. “San Pietro... Tevere... Colosseo... Vittorio Emanuelle... Repubblica...”. Eu virei uma turista tão chinfrinha, que nem tiro foto mais... Ai, que ódio do meu desleixo...

Gente, voltei pra Roma! Pareceu uma semana longe, já estava com saudade do Augusto, quero passear, quero comprar, quero ver tudo, quero rooooooooooooooooonczzzzzzzzzzzzzz.


Top 5 melhores pratos que comi em Roma em 2012

5 -  Risoto de Gorgonzzola e Nozes, no risttorante Pasquino, perto do Pasquino, atrás da Piazza Navona.Nos atenderam meio freakamente, pois já estava fechando, mas foi delícia!

4- Pizza de um euro do Ikea. O preço ajudaa fazer o treco ser melhor do que realmente é, eu sei. Mas é explosão de amor essa pizza. Junto com ela entra aqui as pizzas a taglio, de todas as pizzeria a taglio. De abobrinha e beringela são as melhores, só perdem pra tradicional Margheritta. Sério. Vou abrir uma pizzeria a taglio em BH. SE PREPAAAAAARRREEEMMM!!

3 -Spaghetti ai funghi, no restaurante perto da Termini, quase de frente pra onde eu morava. Passava lá todo santo dia e nunca imaginei que um dia fosse comer alí. Achei demais.

2 - Canelloni al basilico, no Café Pasquino, perto do Pasquino, atrás da Piazza Navona. Apesar de pouco, é delícia demais. Viva a italia e suas massas.

1- O spaghetti SPQR, no Archetto. Aquele com mais de 100 tipos de macarrão e que eu tirei foto pra tentar fazer em casa. Esse foi de sofrer quando acabou o prato. De sofrer...

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Dois chefes em Madrid

Hoje choveu tanto, mas tanto, que descolou a sola da minha botinha por completo. Eu mó me gabei de achar a botinha do jeito que eu queria, sofro por ela, e ela já foi pro saco. Acontece.
Junto com a chuva estava eu, fazendo meu turismo rotineiro de pessoas turistas fora de seu país. (OI??) Claro que isso tem um sentido. Você tá fora do seu país você tem um roteiro pesado a seguir. Passar por todos os pontos turísticos do mapa, todos os museus e etc. O problema é que estava tudo fechado. A cadetral locona? Fechada toda segunda feira, ou seja, hoje. O Palácio Real? Fechado para evento cívico. Cabô, era isso que tinha pra ver. A outra coisa era o museu Reina Sofia, esse estava aberto e eu vi GUERNICA! Gente, é demais! Nos livros de história dá pra ter uma noção mínima do que se trata. Você chega lá, depois de Man Rays, mais Picassos, Dalis, e outros modernos, e chega uma sala com um painel ENORME. Guernica é ENORME. É demais. É muito demais. Até posso dizer que é DA HORA!!


Mas até lá, na Guernica, passei por muita coisa. Além da chuva, muito frio, muita chuva, almoçamos na casa da Vanessa, demos uns giros no Palácio de Cristal dentro do parque esperando a chuva, comi umas croquetas delícia pra esperar a chuva, fui na estação Atocha, a do atentado de 2005, tomei um café da manhça típico madrilenho (outro) na casa do Javi (torrada, azeite, tomates e café), e foi tudo demais. Depois de Guernica encontramos o Carlos, demos mais voltas turísticas, tipo pela Biblioteca e arredores, comemos umas tortillas e fomos encontrar meus chefes. Carlos Magno e Cláudio Dia. 
O Carlos Magno é professor do departamento de Comunicação da UFMG. Trabalhei com ele no programa de rádio, o Do Babado. Esse ano o programa acabou. Durou até dezembro de 2011. O Cláudio é ator na Cia. Luna Lunera, onde trabalho ainda. Eles são um casal e moram em Madrid por enquanto. Carlos Magno está fazendo pós-doutorado, e Cláudio veio junto. Eles são demais. Dois litros de sangria, papo doidera em três línguas diferentes com toda a turma (oi, nem lembro o que falamos? e eu nem falo espanhol) e aí que já era tarde e nos demos contas de que ACABOU!
Assim, viajo amanha de madrugada. Foram ótimos 3 dias com os best madrilenhos. Demoraram 2 anos para eu pode reve-los, sabe-se lá quanto demorará pra re-reve-los. Eu adoraria re-reve-los. 
Fomos miguxar na praça que tem coisas egípcias e fim. Agora volto pra Roma, dou adeus também pra Roma e espero a próxima viagem do amor...

domingo, 15 de janeiro de 2012

Turismo Madrilenho


Depois da noite pesada de amor, felicidade, espanholidades e álcool, acordei bem tarde e fui dar uma volta. Fui girar. Dar um passeio sozinha. Peguei um mapinha chic 10 pra ver algo turístico. Mas a verdade mesmo é que eu estava interessada nas Rebajas, cioè, a liquidação da Espanha. Tudo bem que eu não ia poder comprar nada, se a mochila crescer um pouquinho que seja, não passa na caixa da Ryanair. Mas olhar não mata e anéis, cd's, maquiagem e essas coisas não dão volume. Hihihi. 
Dei meu jeito, fiz minhas compras e fui parar num museu. Um tal de Thyssen-Bornemisza.  Esse eu paguei pra entrar e estava morrendo de andar já na primeira sala. O bixo é enorme!! Mas eis que entro numa sala e dou de cara com um Bernini e um Bocaccio, assim, fácil. Eu não sou aquelas pedantes da arte, não mesmo. Mas sérios, esses dois são de fuder qualquer um. Eles são demais, não tem como! Totally worth it. Além desses fodão aê lá tem de tudo. Pollock, Mondrian, Monet, Van Gogh, Picasso, e mil coisas mais, para todos os gostos...  RONC

Depois do passeio só, liguei pra Van (beijos, Van), e encontrei com ela em outro Museu. Esse era grátis, o Museo del Prado. Os museus lá fazem um revezamento muito interessante. Esse, por exemplo, é grátis aos domingos a tarde. Tem um outro que é grátis nas segundas pela manhã e por aí vai... Nesse Del Prado tinha mais milhões de pinturas, mais milhões de coisas. Morri milhões de vezes de dor no pé mas achei demais ver coisas assim. Pô, é museu, é arte, é de graça. Então é demais. 

Saimos de lá e fomos comer. Ela me levou num lugar super bacana de comer Montaditos. Uns sanduichinhos minis delícia que acompanham o maior chop do mundo, que custa apenas UM EURO. Roma, toma essa! Falamos sobre a vida, o universo e tudo o mais e sobre a Marta, a nossa miguxa de intercâmbio que, misteriosamente, SUMIU E SE EXCLUIU da galera quando voltou pra Madrid. Ninguém nunca mais viu ela, ninguém nunca mais soube. QUE DOIDERA! E eu mó mandei mensagem pra ela, pra gente encontrar aqui em Madrid, mas ela nem quis saber de mim também não...

Depois ligamos pra Javi, Javier BFF mais bff de Roma em Madrid (mentira, é BFF igual Carlos e igual Vanessa), e ele foi encontrar a gente em uma estação de trem. Ele ia levar a gente para comer e depois ia me levar pra casa, eu ia ficar lá nas próximas noites. =D Yeee! Fomos num lugar muito trash, que na verdade é um lugar mega tradicional. Tudo de muita madeira, muita cara de touro na parede, muita foto de toureiro. Acho paia, mas é amor que me levou até lá, então eu sobrevivi. Comemos uma paella, umas empanadas, umas batatas delícia com um molho tradicional de alho e azeite e fim. Capotei numa cama quentinha, super família na região metropolitana de Madrid (Getafe). Até amanhã, mundo.


É miguxagem, é amor!