sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Dia perdido, Luíza perdida

poesia marginal romana

Achei que com essa coisa de ter um GPS a mão e já conhecer boa parte da cidade me garantisse uma estada tranquila sem me perder por lugares longíncuos (como aconteceu em 2009 quando cheguei e fui procurar a Universidade Tor Vergata). Achei, né, gente? Achei... De achado só isso porque de resto fiquei foi perdidinha mesmo. Foi na região de Ponte Mammolo, que é mais pra fora do centro. Bem mais. E é onde eu teoricamente iria ter minha aula de cozinha vegana, numa escola de cozinha amadora chamada TuChef. No programa do curso tinha leites vegetais, seitan e muscolo di grano, lasanha vegana. Estava empolgadíssima, mas deu tudo errado. O curso seria só mais pra frente, mas eu precisava passar lá rápido pra pagar. Então foi o que fui fazer na manhã de sexta-feira! Depois de caminhar por horas pela BR (ou seria IT?) pelo lado errado - culpa do GPS e toda a minha confiança nele - achei o lugar e tive a notícia de que o curso foi adiado. Não um dia, nem uma semana. Pra mais de mês. Ou seja, nenhum curso pra Luíza Glória. Uma pena. Perdi uma manhã para achar o lugar (poderia estar passeando pelo centro lindo centro) e perdi a oportunidade de aprender a fazer umas coisas bem legais. Acontece. Vida que segue. Vamos lá pro Eataly pagar os outros cursos de cozinha que pretendo fazer: pães e massas. Eh... Acho que não será bem assim também não! Como não podia fazer o pagamento estando no Brasil, minha reserva não foi feita de fato. E acabaram as vagas do curso de pães. Deu certo, porém, com o de massas e com o de confeitaria vegana desse lugar. Vabbè... Me viro com o que dá. Importante é saber por a mão na massa mesmo! Mas esse lugar já não é mais longe e tal. É, inclusive, pertinho de  um monumento bem particular de Roma.

Uma pirâmide.

Um pouquinho do Egito pertinho de você!

Construída mais ou menos no ano 12 A.C., 36m de altura, era a tumba de Gaio Cestio (muito prazer), feita com mármore de Carrara. Ninguém me contou isso não. Olhei na Wikipedia mesmo. Agora vamos parar com isso que tem mais o que interessa para escrever aqui.

"Encha o copo que está vazio, esvazie o copo que está cheio. Nunca o deixe vazio, nunca o deixe cheio."

Que frase convidadita de Edgard Allan Poe para se abrir um cardápio de um restaurante, não é mesmo? Sentei para jantar sozinha logo aqui embaixo de casa mesmo. Um restaurante que passava em frente todos os dias e nunca tinha sentado pra comer. A ideia é bem essa: fazer tudo aquilo que só imaginava, mas não fiz em Roma. E a regra é outra agora, e a regra é clara: gaste o que tiver de gastar. A dívida se paga depois. Enfim. Dessa vez não fui de massa, não. Pedi um segundo prato vegetariano: Polpetone di grão de bico e cenoura com purê de berinjela, abobrinha e creme azedo. Para acompanhar ainda pedi o contorno de Salada de Folhas com azeite aromatizado. Uma taça de vinho que não ficou nunca vazia, nem nunca cheia. E Branco, que é mais magrinho. Sobremesa: Panna Cotta com caramelo e de resultado final uma pessoa de bucho cheio e bem feliz. Fiz questão de registrar esse menu aqui porque um dia vou tentar reproduzir essas coisas todas que tou comendo e que até fazem meus zói fechar.



Uma refeição de graça por dia

Hoje o encontro foi com o Pidgey,31. Fomos num bar aqui pertinho de casa. Pidgey é jornalista de Parma (a cidade do presunto e da Parmiggiana), que trabalha em Milano, está aqui em Roma para fazer um curso de fim de semana e com ZERO interesse em comum com essa pessoa que vos escreve. Não rolou química, não rolou papo, eu passei o tempo todo concentrada na bebida pra passar mais rápido. Sei nem falar mais nada de Pidgey, a não ser que era outra pessoa e não a das fotos do Tinder cuja legenda era "Não sou fotogênico". Alguém precisa dizer pra ele que ele é bem ao contrário. BEM AO CONTRÁRIO!! Pelo menos me embebedei de Spritz. Fino.

Dia 2: 100% de aproveitamento + uma dúvida se esse projeto vai conseguir seguir em frente. Já me deu preguiça pela grande cilada do dia.

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